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Sujeira de Judas.

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Olá pessoal, como estão? Estimo que bem.  O texto de hoje irá falar (como o próprio título sugeriu) sobre "sujeira". Entretanto, não se trata da sujeira de cômodos, por exemplo, é uma sujeira emocional, que transgride para o físico e se transforma em psicológica, aquela que fica após acontecimentos intensos e negativos. Já se passaram alguns dias desde a publicação do último texto, em uma live recente cheguei a mencionar se iria ou não publicar texto nessa quinzena, porque, bem, apenas quem escreve sabe que para o texto "sair do forno" é necessário que algumas ideias estejam previamente organizadas, e sendo sincera não sei se esse é o momento que estou vivendo agora. Mas, por outro lado, estou sentindo e vivendo tudo, estou viva, sinto algo renascendo aos poucos, ainda que eu não consiga explicar exatamente o que é. Então, desde já espero que gostem do texto e não tenham expectativas que seja algo leve heheh! Um abraço a todos e boa leitura, espero que gostem! Nas n...

Onde se enterram as memórias

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O lugar estava coberto por escombros. Não havia sinal de presença humana por ali. O silêncio parecia antigo. Aos poucos, fui observando o entorno; cruzes retorcidas, estátuas de anjos com asas quebradas, escrituras antigas em pedras gastas pelo tempo. Tudo exalava um ar de abandono solene. Lápides encobertas de poeira, grades de ferro enferrujadas, muros rachados. Era um cemitério. Mas não qualquer um. Esse estava em ruínas, como se tivesse sido varrido por uma guerra recentemente, embora nenhuma fumaça ou som ecoasse ali. A sensação era estranha: não era exatamente ruim, nem boa. Apenas intensa. As emoções me atravessavam como se algo estivesse sendo revelado, embora eu não soubesse o quê. Continuei andando entre os destroços, tentando entender o motivo de estar ali. Eu não carregava flores, não buscava por ninguém. Tampouco havia um funeral acontecendo. E mesmo assim, meus pés continuavam andando entre as lápides como se guiados por uma lembrança esquecida. Era um cemitério para mort...

Minha experiência tímida e humana dentro da igreja católica.

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Olá, pessoal! Tudo bem? Estimo que sim!     Hoje trago um post diferente, não exatamente um texto como os outros, mas uma espécie de relato íntimo que vivi (não pela primeira vez) mas mais intensa neste ano. O título já resume um pouco do que será abordado, mas antes, gostaria de pedir que não realizem a leitura de forma velada, velada de dogmas, de religião propriamente, mas sim no sentido de humanidade, de perplexidade da alma, avanço da alma e do poder das virtudes fraternas acima dos dogmas. Espero poder conseguir transmitir ao menos um pouco da experiência que tive.  2019 - Contato Preâmbular     Em 2019, quando eu ainda era uma jovem adolescente de 14 anos, certo dia, estava de passagem pelo centro da cidade, o que já era rotineiro, tendo em vista que a escola onde cursei o segundo grau também era no centro. Nessa época, ainda, eu podia compartilhar momentos de renovação, reconciliação e recomeços com o meu pai, que, anteriormente, haví...

As criaturas do oco.

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Olá à todos! Como estão? Retornei hoje com esse fragmento textual que está há algum tempo nos meus rascunhos, entretanto mesmo com o passar do tempo muitas coisas permaneceram.Tempo esse que também perdura com a presença da dor, a tal ponto que busco caracterizar ela com a beleza, mesmo que ela seja visualmente assustadora e exposta.  Abrir os olhos, conferir o horário, conferir o rosto ainda inchado no espelho. Enfim, o dia começou. Mas há meses os dias começam junto aos demônios, que agora possuem nomes. Precisamos compartilhar o mesmo corpo, a mesma mente, precisamos lutar para ver quem irá ser mais forte e levar o bingo da vez, junto com a loteria do dia.  Normalmente resisto, porém existem dias em que acabo sedendo. Me deparando com o eco do vazio que reina há uma década. Formamos uma amizade, que já perdura. Essencialmente sufocante, me leva ao engasgo e no limite do que penso poder aguentar às vezes, são as armadilhas que ela prega na minha mente. Uma vez escutei que qu...

Covardes emocionais; o reflexo de uma geração dominada pelo medo e frustração.

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  Olá à todos!  Como estão? Estimo que bem.       Hoje trago uma abordagem textual diferente, uma breve reflexão sobre padrões comportamentais que ao meu ver estão cada vez mais difundidos nas gerações atuais. Esse texto/reflexão tem sido motivo de ponderação em meus pensamentos há um tempo considerável, entretanto, por motivos diversos, só agora obtive a oportunidade de vir até aqui escrever mais sobre.      Pouco se observa, mas cada vez mais estamos "criminalizando" e "demonizando" os comportamentos normais da natureza humana, uma espécie de castração emocional e psicológica, que tem por objetivo barrar tudo aquilo que sentimos no nosso íntimo, para se dizer o mínimo. Mas o que exatamente está por traz dessas condutas? Uma geração que se esquiva, foge a todo custo de ter que lidar com os sentimentos, sobretudo aqueles que emergem das profundezas da psíque, aqueles que colocam em dúvidas nossos valores e princípios adotados até então. O que...

Rascunho 80, uma síntese emocional

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  Preâmbulo: O rascunho 80, se trata de um fragmento noturno escrito com resumos emocionais, daquilo que podemos e devemos tirar de mais bonito de tudo aquilo que sentimos a aceitamos sentir. Sem direcionamentos específicos, apenas com a finalidade de se conectar com essas emoções íntimas e intrínsecas. Para chegar até o rascunho 80, foram descartadas 79 versões não apenas de textos, mas igualmente de uma mesma pessoa e suas transformações. A versão final, portanto, é resumida, sobretudo em sua forma mais "bruta", por aqui, então, já não há mais o que ser lapitado . ( Duas faixas músicais foram utilizadas na constraução e organização desse texto, para os interessados, elas serão disponibilizadas ao final).  Tudo que virá a partir daqui se trata do compromisso que tenho e preciso ter comigo e com tudo que eu sinto.  E aqui surgem muitos pontos, o primeiro deles é que não consigo mais sustentar essa mentira pra mim mesma e tentar criar essa realidade onde eu não te amo e nã...

Breve apresentação

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        Honestamente, por mais que eu tenha esse flerte intímo com a escrita, as apresentações são um pouco confusas para mim, afinal, por onde de fato devemos iniciar? Apesar desse texto ser minha primeira publicação aqui, não se trata do meu primeiro texto. Meus primeiros esboços começaram a surgir ainda na minha pré-adolescencia, aos 11 para 12 anos. Com um tipo de escrita melancólica e dotada de nuances que refletiam a vida de uma pré-adolescente não convencional, aliás, nada aqui será convencional e isso diz muito sobre minha personalidade e meu tipo de escrita. Muitos rascunhos foram destinados ao descarte, outros se perderam com o tempo, entretanto todos esses fragmentos ainda ocupam um espaço poético exclusivo dentro da relação do meu coração e da minha mente. Hoje, com 20 anos, utilizo da escrita não apenas para me expressar (coisa que me encanta), mas também como forma de me aproximar mais dos meus própios sentimentos, entendê-los e permitir que eu os assu...